Um fundo de investimento é, uma forma de aplicação financeira, formada pela
união de vários investidores que se juntam para a realização de um investimento financeiro, não possuindo
personalidade jurídica,e sendo constituído tal qual um condomínio, visando um
determinado objetivo ou retorno esperado, dividindo as receitas geradas e as
despesas necessárias para o empreendimento.
A
administração e a gestão do fundo são realizadas por especialistas contratados. Os administradores tratam
dos aspectos jurídicos e legais do fundo, os gestores da estratégia de montagem
da carteira de ativos do fundo, visando o maior lucro
possível com o menor nível de risco.
Dependendo
do tipo de fundo, as carteiras geralmente podem ser mais diversificadas ou
menos diversificadas, podendo conter ativos de diversos tipos tais como ações,
títulos de renda fixa (CDBs), títulos cambiais, derivativos ou commodities negociadas em bolsas de mercadorias e futuros,
títulos públicos, entre outros. Todo o dinheiro aplicado nos fundos é
convertido em cotas, que são distribuídas
entre os aplicadores ou cotistas, que passam a ser proprietários de partes da
carteira, proporcionais ao capital investido. O valor da cota é
atualizado diariamente e o cálculo do saldo do cotista é feito multiplicando o
número de cotas adquiridas pelo valor da cota no dia.
Exemplo em números :
Um investidor aplica R$
5.000,00 em cotas de determinado fundo de investimento que, na data da
aplicação, possui um patrimônio líquido de R$ 600 milhões e 3 milhões de cotas.
A partir destas informações
podemos calcular:
O valor da cota na data da
aplicação: R$ 6.000.000,00 / 3.000.000 = R$ 2,00.
Valor da Cota =
Patrimônio Líquido / Número Total de Cotas
O número de cotas
adquiridas pelo investidor: R$ 5.000,00 / R$ 2,00 = 2.500 cotas.
Número de Cotas = Valor
Aplicado / Valor da Cota
Por que aplicar em fundos?
A principal vantagem dos
fundos de investimento é possibilitar que diversos investidores concentrem
recursos para aumentar seu poder de negociação e diluir os custos de
administração.
Algumas modalidades de
investimento exigem volumes muito altos de recursos, tornando-se inacessíveis
para os pequenos investidores. Os fundos de investimento, por reunirem recursos
de um grande número de investidores, permitem o acesso a diversos ativos e
conseguem muitas vezes condições mais favoráveis em relação a investidores
isoladamente. Além disso, ao aplicarem seus recursos em fundos de investimento,
os investidores contam com profissionais especializados, dedicados
exclusivamente à gestão dos recursos.
Diante da grande variedade
de fundos de investimento disponíveis no Brasil, recomenda-se que o investidor
procure se informar sobre os custos relacionados a este investimento.
De acordo com as normas da
CVM (Comissão de Valores Mobiliários), todos os custos de um fundo de
investimento devem ser obrigatoriamente descontados durante o cálculo do valor
da cota e, consequentemente, da rentabilidade divulgada. Portanto, ao
compararmos a rentabilidade entre fundos de investimento, não estamos
comparando apenas o desempenho dos ativos objeto de cada fundo, mas sim a
relação destes com os custos envolvidos na operação. Para descobrir os custos
incidentes sobre um fundo de investimento será sempre necessário consultar o
seu regulamento. Estes são os principais tipos de custos que podem incidir
sobre o fundo de investimento que você escolheu para investir: taxas (taxa de
administração, taxa e performance, taxa de entrada e taxa de saída), despesas
operacionais (corretagem, custodia e liquidação financeira de operações e
auditoria) e impostos (IR e IOF).
Quais os riscos desta aplicação ?
Na hora de investir, é
fundamental saber qual a tolerância ao risco do investidor para traçar uma
estratégia. Para escolher a melhor estratégia de investimento para o seu
perfil, é fundamental conhecer a sua tolerância ao risco, que expressa a
volatilidade a que o investidor está disposto a tolerar. Há três tipos de
risco: risco de mercado, risco de crédito e risco de liquidez. Todos estão
interligados e um pode ser consequência do outro.
Risco de Mercado
Risco de mercado é o tipo de risco relacionado às variações do
próprio mercado, ou seja, à desvalorização ou valorização de um ativo que
compõe a carteira do fundo de investimento. Essa variação pode ser influenciada
por acontecimentos políticos, econômicos e particulares de determinado segmento
ou empresa. Quanto maior a volatilidade do ativo, ou seja, a oscilação do preço
em relação à sua média, maior é o seu risco de mercado.
Risco de Crédito
Risco de crédito é a possibilidade da contraparte não cumprir
suas obrigações, parcial ou integralmente, de pagamento dos juros ou do
principal na data combinada. A contraparte, neste caso, pode ser o emissor do
título que o fundo de investimento compra. O investidor aceita um investimento
com alto risco de crédito pela compensação de obter maior rentabilidade.
Risco de Liquidez
Risco de liquidez consiste na eventual dificuldade que o
administrador possa encontrar para vender os ativos que compõem a carteira do
fundo de investimento, ficando impossibilitado de atender aos pedidos de
resgate do investimento. Neste caso, eles podem ser obrigados a liquidar os
ativos dos fundos a preços depreciados para fazer frente a resgates, o que
poderá influenciar negativamente o patrimônio líquido do fundo de investimento.
É o que pode ocorrer, por exemplo, no caso de uma crise financeira mundial.
Os fundos de investimentos devem ser considerados pelo pequeno investir para algo de longo prazo, pois conforme citações nos textos acima, há muita volatilidade e baixa liquidez, desta forma não poderá contar com este dinheiro rapidamente. Quem investiu em fundos nos últimos meses, viu exatamente o que foi descrito aqui, mas se o investimento foi planejado para longo prazo, a paciência será sua aliada.
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